quarta-feira, 6 de junho de 2007

Sepulturas escavadas na rocha: preservação ou abandono?

É hoje lançado em Lisboa mais um número da prestigiada revista Al-madan dedicada ao Património Cultural, com particular relevo para o património arqueológico e para a Arqueologia como ciência. É editada pelo Centro de Arqueologia de Almada, uma dinâmica associação que mantém esta publicação há bastantes anos.

Na Adenda electrónica, uma solução expedita para fazer face ao custo da edição em papel, encontramos um texto, com o título em epígrafe, do nosso amigo arqueólogo e blogger mangualdense António Tavares sobre Sepulturas escavadas na rocha. Tema que lhe é caro e sobre o qual tem publicado dois estudos, o último publicado pela ACAB em 1999.
No seu blog também não tem descurado o tema tendo escrito sobre as sepulturas escavadas na rocha da Carvalha Gorda, do Curtinhal, do Cumareiro, da Cova da Moira.
O artigo agora publicado na Al-madan dá conta de um projecto apresentado à Junta de Freguesia de Alacafache em 2006 cujo objectivo era a limpeza e valorização das sepulturas espaço envolvente, bem como a sua divulgação turística através da correcta sinalética.
Na senda da alusão que António Tavares faz ao trabalho desenvolvido pelas Associações em prol da defesa do património arqueológico refiro que aqui há uns anos um grupo de "carolas" da Associação do Rancho Folclórico "Os Azuraras", de Quintela de Azurara, levou a cabo a limpeza e a demarcação de todas as sepulturas escavadas na rocha conhecidas na freguesia, tendo no anos seguintes jovens da mesma associação procedido à limpeza de algumas delas.
De notar que António Tavares conhecedor das freguesias de Cunha Baixa e de Espinho, tem já no prelo um estudo sobre as sepulturas escavadas na rocha destas duas freguesias, esperemos que a breve trecho este novo contributo veja a luz do dia.
A função de um Arqueólogo também é divulgar e contribuir para a preservação do Património Cultural, António Tavares é disso um bom exemplo.
Poderá ler o artigo de António Tavares aqui.

3 Comments:

Neoarqueo said...

Pedro,

Obrigado por tão rasgada alusão ao artigo que fiz para a Almadan. Obrigado também pelo tão rasgado elogio que fazes à minha pessoa. Devolvo os elogios, não por cortesia mas por saber do elevado rigor técnico e científico que sempre puseste nos teus trabalhos.
Um abraço,
António Tavares

PPN said...

Caro António

É apenas a constatação de uma realidade!

Desejo que a Junta de Freguesia pondere bem e decida aproveitar a tua disponibilidade e saber!

Quem sabe se decidem aproveitar alguns fundos comunitários que hão de vir em 2008? A Junta de Freguesia de Alcafache para editar um pequeno livro sobre a freguesia, foi ainda buscar uns restos que lá estavam esquecidos de fundos counitários. Não foi muito, mas ajudou!

Al Cardoso said...

Os meus sinceros parabens ao amigo Tavares e a si, pelo vosso trabalho de investigacao e divulgacao do nosso patrimonio beirao.

Um abraco a ambos.