No Arquivo Histórico das Obras Públicas, em Lisboa, encontra-se um “Mappa Chorografico das estradas do districto de Viseu que devem ser melhoradas segundo o decreto de 26 de Julho de 1843”, datado de 12 de Outubro de 1856 e elaborado por Valentim José Correia.
Neste mapa podemos ter uma noção das principais estradas que atravessavam os concelhos de Mangualde e Penalva do Castelo.
De Viseu partiam duas vias principais, uma entrava no concelho de Mangualde pelos Banhos de Alcafache e outra pela Ponte de Fagilde. A primeira dirigia-se a Vilar Seco, Nelas e atravessava o Mondego até Seia. A segunda rumava a Fornos de Algodres, passando por Canedo do Chão, Passos, Quintela de Azurara, Corvaceira, Vila Cova de Tavares e passava a Ribeira da Canharda na zona de Alpaioques. Em Quintela de Azurara existem dois topónimos que recordam a passagem desta estrada real, o “Caminho Largo” e o “Carril”. Em Alpaioques, até à construção da A25, existia junto da Rib.ª da Canharda um bom troço de lajeado, já no lado de Fornos de Algodres.
Desta Estrada Real saiam dois ramais principais, um que servia Mangualde e voltava a entroncar nesta estrada entre os Matados e Vila Cova, com um trajecto similar à da actual EN 16, excepto na última parte do percurso; e outro que servia as aldeias do concelho de Penalva do Castelo, localizadas na margem direita do Rio Ludares, Germil, Lamegal, Abogões, Real, Casal das Donas, Pousadas, Marreco e Antas.
Na Roda ainda existe um marco datado de 1820 indicando o local por onde passava a estrada para Mangualde.
Na Roda ainda existe um marco datado de 1820 indicando o local por onde passava a estrada para Mangualde.
Existiam, ainda, múltiplos caminhos que ligavam as diversas povoações dos dois concelhos a estas vias principais.
1 Comment:
Interessante uma unica estrada vinda de Viseu se ramificava em tres e todas elas seguiam para o concelho!
Bem haja.
Um abraco amigo do d'Algodres.
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