O verniz começa a estalar...

Porque será que ao ler este artigo de Teresa Cardoso publicado na edição de hoje do Jornal de Noticias me lembrei das Câmaras Municipais de Mangualde e Penalva do Castelo? Porque será?
Vejam lá que coisas me passam pela cabeça!


Ex-líder do PSD denuncia favores
O presidente da Comissão Política Concelhia do PSD em Nelas, José Borges da Silva, demitiu-se daquelas funções, anteontem, acusando a distrital do mesmo partido, particularmente os seus vice-presidentes, de "instrumentalização política" na Câmara Municipal de Nelas (CMN).
Em comunicado lido durante a Assembleia de Militantes, Borges da Silva acusou a distrital do PSD de ter visto na vitória social-democrata na CMN "uma oportunidade de emprego para colocação da sua clientela partidária".
Borges da Silva documentou a acusação com a admissão, na última quarta-feira, de um militante social-democrata para a autarquia de Nelas. "O descaramento é de tal ordem (...) que uma entidade exterior ao Município de Nelas, como é a Distrital do PSD, acaba de nomear um comissário político para chefe de gabinete da presidente da Câmara, com um encargo mensal de mais de 3 500 euros, sem qualquer formação, que se conheça, na área da gestão e sem qualquer ligação ao concelho de Nelas", lê-se no documento.
Em declarações ao JN, José Borges da Silva acrescentou que existem outros processos que indiciam "favorecimento" na contratação e nomeação de quadros com ligações ao PSD para autarquias de maioria social-democrata.
Borges da Silva foi vereador a tempo inteiro no município de Nelas, até Outubro de 2006, funções que abandonou por alegada incompatibilidade com o exercício da advocacia. Em finais de Dezembro, apenas como vereador da coligação PSD/PP que gere a CMN, absteve-se na aprovação do Orçamento e Plano de Actividade do município para 2007. No início de Janeiro, a Distrital do PSD retirou-lhe a confiança política.
O JN tentou, sem sucesso, obter uma reacção de Isaura Pedro, presidente da CMN. Já José Cesário, líder da distrital social-democrata, acusa Borges da Silva de produzir afirmações "manifestamente falsas" e de estar a usar "manobras políticas" para justificar a "falta de solidariedade que tem manifestado, nos últimos tempos, contra o executivo que integra e que contrariam as funções políticas que desempenhava". "Não podemos manter a confiança política numa pessoa que vem para a rua dizer mal do executivo que integra e da estrutura política que dirigiu", conclui José Cesário.