segunda-feira, 7 de julho de 2008

Nova Casa

Agora em

domingo, 22 de junho de 2008

Antiga Capela da Sr.ª da Esperança encontra-se visitável



Era neste estado de total abandono que, em 2004, se encontrava a antiga Capela de N.ª Sr.ª da Esperança, em Quintela de Azurara, quando a Associação do Rancho Folclórico "Os Azuraras" decidiu limpar o local.


Foi este o Grupo de jovens que em 2004 e em 2005 decidiu colocar mãos à obra (da direita para a esquerda e de frente para trás: Andreia Amaral, Sara Saraiva, Marina Cabral; Hugo Figueiredo, Simão Saraiva e Rui Duarte).


A capela na altura ficou com este aspecto:



Mas, claro está, que desde 2005 até hoje as ervas voltaram a crescer o sítio continuou abandonado.
Este ano, foi de novo alvo de uma profunda limpeza, tendo sido aberto um caminho de acesso e colocada uma cruz no local do antigo altar. Daqui partiu a procissão de N.ª Sr.ª de Fátima no último dia do mês de Maio.
Eis o aspecto actual dela:





Seria bom que este local se mantivesse limpo e que aqui fosse colocada sinaléctica a indicar a existência da antiga capela.

Deixo aqui uma descrição do foi a capela da autoria de Boaventura de Noronha e que foi publicada no jornal "Noticias da Beira", de 1 de Julho de 1965:

Dada a relativa antiguidade deste, inicialmente pequeno e modesto imóvel, acrescido mais tarde do alpendre assente sobre seis colunas de pedra, é razoável conferir-lhe, que como construção local quer como templo, todo o carinho e respeito. Assim deve ser conscienciosa e criteriosamente restaurado, reintegrando-o por fora e por dentro, tanto quanto possível, na expressão original e coetânea. Telha moderna (Lusa ou outra) a imitar a antiga telha vã ou de canudo, deve cobrir todo o tecto e alpendre sobre vigamento renovado e resistente. Sobre os cunhais continuarão a erguer-se as quatro pirâmides setecentistas, de granito, sobrepujados por esferas. Cruzes de pedra erguiam-se por sobre o altar, na frente do templo e no cimo do alpendre (de três águas).
Pena é, e com tristeza o digo que se tenha inutilizado um curioso ex-voto (que ainda em 1941 existia) e se guardava num armário, datado de 1700 e tal; documentava um milagre da Virgem a um viajante marítimo.Num apontamento meu escrevi em tempo: “O lugar ermo, vagamente estranho e escondido das vistas, o alpendre acolhedor com suas bancadas em volta, a Virgem linda e auspiciosa, fazem-no ponto obrigatório de peregrinação dos namorados mais românticos, dos visitantes da freguesia e da gente simples que nas suas ocupações adrega passar nas proximidades.

Aditamento: Segundo informação do meu amigo Rui Marques a cruz foi colocada pelo Sr. Ilidio Carvalho, que foi também o impulsionador da limpeza do local, que foi efectuada por diversas pessoas.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Mangualde no Arquivo Pintasilgo









Neste arquivo encontram-se os seguintes documentos com referências a Mangualde:






Pasta: 0060.048
Âmbito e Conteúdo: Informação manuscrita sobre o ponto de situação relativo ao restauro de uma igreja no concelho de Mangualde.
Data: [1979]
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Pasta: 0060.049
Âmbito e Conteúdo: Informação manuscrita sobre o ponto de situação relativo ao abastecimento de água em Mangualde, Nelas e Viseu, através da barragem de Fagilde.
Data: [1979]
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Pasta: 0060.050
Âmbito e Conteúdo: Informação manuscrita sobre o ponto de situação relativo a obras de ampliação nas instalações do Infantário D. Beatriz Paes, em Mangualde. Data: [1979]
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Pasta:
0060.051
Âmbito e Conteúdo: Informação manuscrita sobre o ponto de situação relativo à problemática da subalimentação com dietas insuficientes nas escolas do ciclo preparatório e liceus em Mangualde, em torno da gestão administrativa e verbas. Data: [1979]
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Pasta: 0060.053
Âmbito e Conteúdo: Informação manuscrita sobre o ponto de situação relativo a um lar de terceira idade, em Mangualde, em torno de um pedido de subsídio para obras e manutenção.
Data: [1979]
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Pasta: 0060.054
Âmbito e Conteúdo: Informação manuscrita sobre o ponto de situação relativo a um pedido de subsídio para bandas de música, em Mangualde.
Data: [1979]
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Pasta: 0248.045
Título: Informação
Autor: Movimento de Apoio à Eleição de Maria de Lourdes Pintasilgo
Âmbito e Conteúdo: Informação sobre o cancelamento dos contactos previstos com a população, cooperativas de habitação e centros de terceira idade em Setúbal, no âmbito da campanha presidencial de Maria de Lourdes Pintasilgo, em virtude de um acidente ferroviário em Mangualde.
Data: 12.Set.1985
Local: Lisboa
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Pasta: 0059.031
Âmbito e Conteúdo: Esquema com o resumo do ponto da situação do levantamento de problemas no âmbito das visitas de [Maria de Lourdes Pintasilgo (Primeira-ministra do V Governo Constitucional)] ao concelho da Batalha, Coimbra, Peniche, Porto, Santarém, Viana do Castelo, Viseu e zona das matas florestais da Beira Interior.
Data: [1979]
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Pasta:
0059.034
Título: Distrito Viseu-Lamego : situações desbloqueadas depois da visita da Srª Primeira Ministra
Âmbito e Conteúdo: Tabela manuscrita sobre a visita de Maria de Lourdes Pintasilgo (Primeira-ministra do V Governo Constitucional) ao distrito de Viseu, com um esquema em torno dos problemas e necessidades, áreas e entidades envolvidas e soluções.
Data: [1979]
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quarta-feira, 11 de junho de 2008

Festa da Música em Real


No dia 31 de Maio , pelas 21.00 horas, em Real, actuaram a Escola de Música de Real e Pindo, o Grupo de Cantares “Pena de Alba”, o Grupo de Concertinas do Dão e a Tuna São Martinho de Pindo. Em virtude das condições climatéricas adversas, o espectáculo, inicialmente previsto para o Largo de Real, decorreu nas instalações da Associação Cultural, Recreativa e Social de Real. Com a colaboração da Junta de Freguesia de Real, numa sala repleta, um público atento e interessado assistiu, com entusiasmo, a um momento musical de elevada qualidade.
Foto e texto retirados do site da CM de Penalva do Castelo.
Quero destacar o papel da Associação Cultural, Recreativa e Social de Real, no seio da qual existe a escola de música já há vários anos.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Descubra as diferenças em Mangualde e Fornos de Algodres

Via "Um blog sobre Algodres" parte do relato de um(a) viajante pelos concelhos de Fornos de Algodres, Mangualde e Aguiar da Beira:

"Porém, nem tudo nesta viagem foi ouro sobre azul. Mudando de concelho, mais propriamente no de Mangualde, dirigimo-nos à Cunha Baixa para visitarmos a respectiva Anta.

O acesso a este monumento está bem indicado, contudo, o acesso pedonal fez-nos crer que éramos uns Indiana Jones em busca da sua anta perdida, visto que era um autêntico caminho de cabras, desmoronado, cheio de silvas, ervas altas e lama, com um portão de ferro fechado. Com estas dificuldades encontramos a dita anta. Já esteve em melhores condições de conservação.
É um monumento megalítico com câmara e corredor, datado entre 3000 e 2500 a.C.. O regresso foi realizado através de um caminho por nós improvisado, entre vinhedo particular e depois pela mata…era preferível ao caminho “oficial”.
Ainda dentro do concelho de Mangualde, fomos ao suposto Castro do Monte do Bom Sucesso, a cerca de 765 metros de altitude, na freguesia de Chãs de Tavares. Não se encontra qualquer tipo de informação sobre ser um castro. O que se consegue ver é um monte cheio de silvas e ervas altas (mais uma vez!), totalmente devotado ao abandono de qualquer género de conservação. Para além disso, a via romana que se sabe existir também está escondida algures no meio desta descuidada vegetação. É lamentável que tal suceda, visto que é um um local com uma vista assombrosa que se estende até à Serra da Estrela, partindo de um monte em cujo topo se encontra uma muralha circular, em que o centro é um vértice geodésico. No interior dessa muralha podemos encontrar pedras muito antigas (gravadas com figuras de vieiras e formas circulares), assinalando uma certa presença ritualística. Descemos desse topo através de uma ampla e antiga escadaria que nos conduz ao sopé onde foi erguida a capela da Nossa Senhora do Bom Sucesso. Desta vez, os sons da natureza foram substituídos, desagradavelmente, pelo ruído das duas pedreiras que circundam o Monte do Bom Sucesso. Tudo em nome de outras prioridades, pelos vistos. "

O relato (com fotos) pode ser lido na integra aqui: http://teiadeariana.blogspot.com/2008/06/viagem-ao-passado-1-parte.html.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Festa da Música em Real


31 de Maio às 21h


Escolas de Música de Real e Pindo

Grupo de Cantares de "Pena Alba"

Grupo de Concertinas do Dão

Tuna de S. Martinho de Pindo


Apareçam!



sábado, 24 de maio de 2008

Mais um livro sobre Mangualde

Foi hoje apresentado no Café-Restaurante Moderno, em Mangualde, mais uma obra editada pela ACAB - Associação Cultural Azurara da Beira.

"O actual concelho de Mangualde nas Memórias Paroquiais (1732-1758).

Da minha autoria, é a publicação de um trabalho académico elaborado no Mestrado em Estudos do Património da Universidade Aberta, que agora foi revisto.

Mais um contributo da ACAB para a preservação da história do concelho de Mangualde.

Brevemente falarei um pouco mais sobre a obra e indicarei onde poderá ser adquirida.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Uma Experiência fantástica...


Foi no fim de semana passado que decorreu no Luso o II Grande Encontro dos Jovens e a XIV Festa das Familias da Diocese de Coimbra.

Marquei presença juntamente com colegas da Juventude Hospitaleira e das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus.

O que à partida era mais uma actividade de divulgação da Juventude Hospitaleira, tornou-se logo no primeiro dia a experiência mais marcante deste ano pastoral.

Um vigilia nocturna em plena mata do Buçaco, que reuniu cerca de 500 jovens e meia centena de familias, que culminou com um momento musical com a Cruz de S. Damião em lugar de destaque, foi o primeiro momento marcante.

No Domingo, em que o tempo variou entre chuva, sol, chuviscos, frio e calor, foi maravilhoso ver mais de quatro mil pessoas de todas as idades em plena comunhão e a participar nas diversas actividades propostas.
O encontro terminou com o grande momento celebrativo da Eucaristia enchendo por completo o pavilhão do Luso.

A canção que se ouve neste blog é o Hino do Encontro, cantado pelo Pe. João Paulo Vaz.

Estão de Parabéns os Secretariados Diocesanos de Pastoral Juvenil e Pastoral Familiar e as dezenas de voluntários pela organização.

Foram momentos de alegria, recolecção, partilha, comunhão que ali vivi, numa só Familia, com o mesmo Pai!

Para quem diz que a Igreja não tem jovens, veja-se as fotos deste encontro!!!

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Regressando...

Enquanto não regresso de vez, deixo-vos esta partilha solidária!





terça-feira, 15 de abril de 2008

18 Abril: Dia Internacional dos Monumentos e Sítios (actualizado)


Este ano o tema escolhido para este dia foi "O Património Religioso e Espaços Sagrados".


O Programa oficial de actividades para todo o país já se encontra aqui.

Segundo o programa oficial, no concelho de Mangualde, apenas o Departamento dos Bens Culturais da Diocese de Viseu irá promover actividades.

Duas visitas guiadas à Igreja Matriz de S. Julião, classificada como Imóvel de Interesse Público.
Uma visita realizar-se-á às 11h e outra às 16h.

No dia 19, o mesmo departamento associar-se-á ao Programa "Hora da Bica" da Rádio Voz de Mangualde, que terá como tema central o Património Religioso.
Poderá ouvir a emissão a partir da 11h em 107.1 ou aqui.

Aqui no meu concelho de Penalva do Castelo, nada consta no programa oficial.

O referido Departamento organizará, igualmente, diversas actividades no Seminário Maior de Viseu, durante todo o dia, e visitas guiadas em templos de Viseu, Carvalhais e Tondela.
Poderá consultar o programa integral aqui.

Actualização
Apesar de nada constar no programa oficial divulgado pelo IGESPAR, a Câmara Municipal de Mangualde associou-se ao evento, aceitando a proposta do "falecido IPPAR"!! Mais informações aqui.

domingo, 13 de abril de 2008

A minha vocação é o meu caminho para ser feliz!

Neste dia de Oração pela Vocações, lembro lema da minha (nossa) diocese, para o ano pastoral 2006/2007.

A minha vocação é o meu caminho para ser feliz!



Voz de M.ª Teresa Almeida

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Ainda a viver a Páscoa

quinta-feira, 27 de março de 2008

Páscoa Hospitaleira



O movimento "Juventude Hospitaleira" proporcionou, como já vem sendo hábito no últimos anos, uma actividade para o jovens centrada na Páscoa.

Decorreu na Casa de Saúde Bento Menni, Guarda, e juntou 16 jovens que viveram de uma maneira diferente parte da Semana Santa (de 5ª feira à Vigília de Sábado de Aleluia).


Aqui partilho convosco um testemunho de uma jovem:


JESUS MORREU POR MIM

Ao longo desta caminhada conjunta com Jesus, sou constantemente desafiada por Ele a viver o seu Amor.
A Páscoa para mim, sempre foi um período triste, o qual queria viver o mais depressa possível. Este ano foi diferente!! Percebi ao realizar a Páscoa Hospitaleira que esta não é para ser vivida com tristeza mas sim com alegria, a própria palavra Páscoa significa isso mesmo, passagem.
Vivi intensamente o Tríduo Pascal, onde Jesus partilhou comigo através dos que estavam ao meu lado um pouco mais de Si. Como cristã foi para mim importante compreender o significado de cada gesto realizado nas cerimonias da Semana Santa. Outra vertente desta actividade, foi estar com os doentes, dando-lhe o que cada um de nós tem de melhor o Amor, tal como Jesus o deu.

Na vigília Pascal já mais esquecerei a alegria das irmãs a dizerem “Jesus Ressuscitou Aleluia, Aleluia” nesse momento tal como os discípulos que a caminho de Emaús só no partir do pão se lhe abriram os olhos, também isso aconteceu comigo nestes dias ao descobrir a verdadeira Pascoa, a maior festa para os cristãos. Termino com uma das frases que me ajudou a retirar a venda dos olhos “Jesus morreu por mim”.


Partilho, também, algumas frases de outros participantes nesta actividade:


Esta experiência ajudou-me a perceber aquilo que tem verdadeiramente valor na minha vida. Nesta casa encontrei um pedacinho de céu que foi partilhado comigo… O compromisso é este: levar este pedacinho do céu para fora das portas da Casa e contribuir para que se vejam mais sorrisos onde antes havia lágrimas.

Com esta Páscoa Hospitaleira percebi o verdadeiro sentido da Páscoa, não é apenas amêndoas, ou ovinhos de chocolate. Foi simplesmente a melhor Páscoa que vivi até hoje, vai ficar para sempre na memória do coração e vou tentar transmiti-la aos outros.
É de uma simplicidade enorme ver um doente sorrir com um simples gesto nosso. É caso para dizer, ‘simplicidade’ rima com ‘sorriso’.


…aprendi o verdadeiro significado da Páscoa. Estar aqui foi mais uma vez maravilhoso. Sem dúvida é uma das coisas que quererei sempre repetir.

Aprendi muitas coisas, temos de ser mais, dar mais, partilhar mais e amar mais. Cada dia que passa, a minha vontade de seguir o caminho de Jesus, é maior. Gostaria de ser, ou tentar ser, uma pessoa melhor todos os dias.

Para mim é uma alegria imensa poder estar com estes seres humanos maravilhosos, que nos ensinam a viver e a olhar de uma forma diferente para o mundo.

…experiência extremamente enriquecedora. Dei tudo o que tinha para dar, mas mesmo assim recebi mais do que dei. Em relação à experiência Pascal, confesso que nunca tinha vivido desta forma intensa.

Esta foi uma experiência muito rica para mim. (…) ajudou-me imenso a olhar para o mundo e para a vida com outros olhos. Foi uma Páscoa vivida com muita intensidade e que tocou muito meu coração, fez-me também amar muito mais Jesus e abraçá-lo na vida com muita força… Ajudou-me a olhar para o outro e ver o rosto de Jesus.


A vivência da partilha…e a entrega aos doentes, abre horizontes para que consigamos viver a nossa vida diária, nas nossa relações com os outros, no amor exemplar e Jesus, que se entregou e morreu por nós. Espero também eu conseguir dar-me…Páscoa hospitaleira são momentos repletos de carinho, amor e partilha, compensados pelos sorrisos mais encantadores que possam existir.


Muitos vivem apenas o Domingo de Páscoa, esquecendo todos os momentos importantes que se vivem antes (a instituição da Eucaristia, a Paixão, a Vigília de Aleluia).

Estes jovens deixaram as suas terras e decidiram viver todos estes momentos com intensidade e ao serviço dos outros.

quinta-feira, 6 de março de 2008

A Consciência

Foto retirada de Ars Lusa

Hoje partilho um texto do Paulo, do blogue È a loukura


As máscaras que pomos e as condicionantes sociais impostas levam-nos a viver uma vida em desacordo com o nosso “eu” mais profundo. Antes de mais devemos ser fiéis a nós próprios...Tal como Cristo, devemos ter “Coluna Vertebral”. Isto não significa um relacionamento social e interpessoal aparte do que é socialmente estabelecido. É desde logo um desafio às nossas convicções e forma de estar na vida. Não é fácil seres tu, mas só tu podes tornar fácil que a tua consciência, o teu “eu” mais profundo, seja fiel aos princípios que elencaste para a tua vida.E dizia alguém:- Eu não vivo com grandes coisas...Que pode cada vez mais significar que grandes coisas vivem em ti...Esse desprendimento assumido e vivido com uma alegria genuína é um sentimento que nos coloca em sintonia com a energia do mundo e a mensagem de Cristo. Na nossa vida, esta terrena que conhecemos, seremos mais felizes quanto mais desprendidos nos fizermos... e também este é um processo, um caminho, uma luta feita de avanços e recuos... tens caminhado?Vives com grandes coisas?...Que grandes coisas vivam em ti...




Aproveito para relembrar o que nos diz a Gaudium et Spes, no seu ponto 16, sobre a consciência:


No fundo da própria consciência, o homem descobre uma lei que não se impôs a si mesmo, mas á qual deve obedecer; essa voz, que sempre o está a chamar ao amor do bem e fuga do mal, soa no momento oportuno, na intimidade do seu coração; faz isto, evita aquilo. O homem tem no coração uma lei escrita pelo próprio Deus; a sua dignidade está em obedecer-lhe, e por ela será julgado. A consciência é o centro mais secreto e o santuário do homem, no qual se encontra a sós com Deus, cuja voz se faz ouvir na intimidade do ser.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Os Leigos na Igreja Católica

A Agência Ecclesia publicou esta semana um Dossier sobre os leigos na Igreja Católica.

Dos quatro artigos publicados, saliento a entrevista de Ligia Sousa a Alfredo Teixeira, sociólogo e teólogo.

Desta entrevista destaco as seguintes declarações:

“A sociedade tem dificuldade em perceber a diversidade interna da própria Igreja”. Dentro da diversidade, “há que encontrar formas que conduzam à percepção de uma comunidade múltipla, com diferentes graus de integração, onde existem pessoas que assumem uma responsabilidade diferente”.
Alfredo Teixeira lamenta que na cena pública haja falta de expressão de diversidade. A expressão “ajudaria a estabelecer mais pontes entre a igreja e a própria sociedade no quadro desse pluralismo”.
Os «opinion makers» são “sempre os mesmos e demasiado próximos de um universo ideológico, por vezes, próximo de um circuito político e que não traduz aquilo que é a diversidade da Igreja”.


Os quatro artigos publicados no dossier:

Leigos, um cara diferente da Igreja, por Alfredo Teixeira

Que esperar do trabalho dos leigos?, de D. António Marcelino

Responsabilidades laicais na vida da Igreja, de Benjamim Ferreira

Desafios aos Leigos, de Maria Leopoldina Pinho

domingo, 24 de fevereiro de 2008

A novidade cá da terra

A última novidade aqui da terra é o relógio que decidiram colocar na nova capela! Agora de meia em meia hora, de dia e de noite, lá estão duas ou três cornetas a postos para nos lembrar que horas são!

Com esta novidade lembrei-me de uma polémica de há uns anos na vizinha aldeia de Quintela de Azurara, que teve direito a destaques televisivos e a uma crónica de José Cardoso Pires:

Por Quem Os Sinos Dobram
Às 6h30 da manhã Deus estava de costas para mim e eu escrevia. Alvalade a esta hora é uma paz sagrada porque ainda não há comércio e os ladrões estão todos no primeiro sono. Lá mais para tarde, não: os três bancos aqui do largo abrem as portas, o comércio, mais ou menos estremunhado, começa logo a facturar e os gatunos de esticão ocupam os seus postos de vigia, à espera das velhinhas distraídas, das meninas de fio de ouro que vão a caminho da escola e do mais que lhes passar à mão. 7h30 da manhã. Tudo na mesma por enquanto. Deus continua de costas, que eu bem o sinto enquanto escrevo. É o costume, e eu já nem me ofendo. Deus só se interessa pela literatura dos Testamentos e pela poesia com "imprimatur" - a dos hinos, especialmente, e aquela que fala das virgens e dos milagres. Mas de repente vem o Diabo e desata a tocar os sinos da igreja aqui ao lado, para me estragar a escrita. Pronto, estou arrumado. Sempre que o diabo começa a badalar os sinos de Deus ponho ponto final em mim e fecho parágrafo porque sei que ele está feito com os críticos literários rancorosos e com os académicos de gramática dourada. A partir de agora já sei que durante o resto do dia vou ter, a espaços certos, impiedosos, os sinos a dar horas em avé-marias, como se cá no bairro ninguém tivesse relógio. Esta música de badalo excita a população local. Os cheques sem cobertura começam a esvoaçar pelos balcões das agências bancárias, os gatunos de esticão atiram-se às bolsas do passante com alegria veloz e os cartões do multibanco desaparecem à ponta da navalha, transformados em dinheiro de morte ou vida. Meio-dia em ponto. Ao bater do último sinal, recordo William Carlos Williams naquele poema em que ele diz: "Sem ser católico ouço os sinos". Eu também. Mas duvido que, lá na cidadezinha de New Jersey onde ele viveu, os dias fossem um repicar cronometrado como aqui, com chamadas pelo meio para as novenas, missas da regra e outras liturgias. Não, da paz campestre é que eu preciso. Cantar de abelhas, cheiro a pinheiros, ar puro e, vá lá, uma campana a tocar de longe em longe, como se fosse o cordeiro de Deus de passagem pelo mundo. Mas paz campestre onde? Um dia destes abro o telejornal e vejo que em Quintela de Azurara, para os lados de Mangualde, o povo anda em polvorosa, não só atordoado com os sinos como com as mensagens electrónicas que a igreja do lugar lança cá para fora aos quatro ventos. De manhã à noite, parece que aquilo por lá é um desfiar permanente de missas, recitações, ladainhas e oratórias, espalhadas por montes e vales por uns altifalantes desvairados que o padre da freguesia mandou instalar na torre do templo de Deus. Como no mundo islâmico, afinal; os camponeses de Quintela é que ainda não deram por isso. Crentes na Santa Madre Igreja, o que eles não são é fundamentalistas como o padre e, assim, protestam abertamente contra os sinos da discórdia e contra a poluição sagrada que lhes baralha o dia-a-dia. Alguns talvez até já tenham ensurdecido, quem sabe?, e estejam privados de ouvir a voz do Senhor. Outros, com tanta balbúrdia, já confessam diante das câmaras da televisão que receiam perder a fé. Perder a fé? O padre Arlindo Tavares, que é quem comanda esta cruzada electrónico-campestre, aparece então no ecrã em paramentos de seda e ouro, para se justificar ao mundo dos espectadores. Não se mostra pessimista nem inquieto com a contestação popular. Não fala nisso, sequer. Olhar pio e magoado, recita umas coisas breves com voz ungida de padre antigo a cheirar a mofo e, tudo somado, conclui-se que "trabalha para salvar o povo". E "dixit". Por sua vez, o entrevistador também se apressou a fechar a reportagem, antes que os sinos recomeçassem a tocar, calculo eu. Sei lá. Eu, pelo menos, mesmo sem os ouvir, fiquei a senti-los num cadenciar lento e igual. Um dobrar a finados, digamos. Agora, quando eles soam na igreja aqui ao lado e cobrem a minha escrita, é assim que os entendo. Penso que dobram por mim ainda vivo.
José Cardoso Pires

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Uma partilha solidária



A Lei da Liberdade Religiosa permite que possamos consignar o,5% do IRS liquidado a uma instituição religiosa ou a uma IPSS - Instituição Particular de Solidariedade Social.
Basta no Anexo H, campo 9, assinalar o respectivo quadrado e colocar o Número de Contribuinte da instituição em causa.
Transcrevemos os n.ºs 4 a 6 do artigo 32º da Lei n.º 16/2001, de 22 de Junho:
"4 - Uma quota equivalente a 0,5% do imposto sobre o rendimento das pessoas singulares, liquidado com base nas declarações anuais, pode ser destinada pelo contribuinte, para fins religiosos ou de beneficência, a uma igreja ou comunidade religiosa radicada no País, que indicará na declaração de rendimentos, desde que essa igreja ou comunidade religiosa tenha requerido o benefício fiscal.
5 - As verbas destinadas, nos termos do número anterior, às igrejas e comunidades religiosas são entregues pelo Tesouro às mesmas ou às suas organizações representativas, que apresentarão na Direcção-Geral dos Impostos relatório anual do destino dado aos montantes recebidos.
6 - O contribuinte que não use a faculdade prevista no n.º 4 pode fazer uma consignação fiscal equivalente a favor de uma pessoa colectiva de utilidade pública de fins de beneficência ou de assistência ou humanitários ou de uma instituição particular de solidariedade social, que indicará na sua declaração de rendimentos."

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Em mudança...

Após de um período de ausência, começou um período de mudança!

O blog está em mudança, não só no aspecto gráfico como também no fio condutor que pautará a colocação de mensagens no blog.

De Olhando da Ribeira passará para Partilhando da Ribeira, de uma fase mais passiva passarei talvez para uma fase mais activa de partilha.

Este período transição prolongar-se-á até meados de Maio, altura em que espero ter já terminado um projecto em que estou envolvido e ter espaço mental para iniciar uma nova etapa deste blogue.

Até á, continuarei, ora a olhar ora a partilhar a partir da Ribeira!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Outro lançamento a 2 de Março


No dia 2 de Março, além do livro da autoria do António Tavares, será também lançado um livro de outro mangualdense, Fernando Pau-Preto.

Intitulado "O património cultural no planeamento e no desenvolvimento do território", é editado pela Lugar do Plano, com o apoio do Município de Vila Nova de Foz Côa.

O lançamento ocorrerá pelas 14H30, no Centro Cultural de Vila Nova de Foz Côa, no âmbito das Festas da Amendoeira em Flor. Será ainda efectuada uma breve apresentação pelo autor, seguido de debate.

Este livro resulta da dissertação de mestrado de Fernando Pau-Preto, cujo original encontra-se disponivel na Biblioteca Municipal Alexandre Alves, em Mangualde.


Clique na imagem para ter acesso a mais informação sobre o livro.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Levanta-te Contra a Discriminação das Doenças Mentais

Em Homenagem às "minhas meninas" da Clinica Psiquiátrica de S. José onde vivi momentos maravilhosos ao longo de oito anos!

http://www.encontrarse.pt/pages/homepage.php

A não perder!