segunda-feira, 28 de maio de 2007

Filmoteca Municipal em Penalva do Castelo



Já alguém viu a Filmoteca Municipal de Penalva do Castelo?

Estou curioso para saber do que se trata, mas ainda não conseguir saber do que se trata.

Segundo a definição que consta da Infopédia, deverá tratar-se de:
1. uma colecção de filmes e microfilmes;
2. de um arquivo de filmes cinematográficos ou
3. de um estabelecimento onde se vendem filmes.

Mas onde é que este tipo foi buscar esta grande novidade e melhoramento para o nosso concelho?

Pois é, foi aqui, em baixo onde diz utilidades, mas para variar a ligação não funciona!

Ainda dizem que a Câmara Municipal não tem ideias e não inova!!! Que más línguas!!!!

sábado, 26 de maio de 2007

N.ª Sr.ª dos Verdes em Abrunhosa-a-Velha



Amanhã festeja-se na sua ermida situada no vale do ribeiro das Carrapatas, entre Abrunhosa-a-Velha e Póvoa de Cervães.
Deixo aqui um texto da minha autoria e publicado no Noticias da Beira, de 5 de Maio deste ano.

[...]
Comecemos pela Ermida de N.ª Sr.ª dos Verdes, Abrunhosa-A-Velha

Diz-nos Frei Agostinho de Santa Maria que tem a Senhora a invocação dos Verdes, por, segundo a tradição, ser invocada contra a lagarta e outras pragas dos campos.
Terá aparecido esta imagem entre os montes, não se sabendo a quem nem quando. Tinha 3 palmos de estatura e era de madeira estufada, tendo sobre o braço esquerdo o Menino Jesus.
As romarias eram muitas ao longo do ano, mas realizavam-se principalmente nas Oitavas da Páscoa e Pentecostes. No dia de Pentecostes, diz-nos o autor, vinham muitas procissões de mais de 14 ou 15 lugares com as suas câmaras, rogando à Senhora que os livrasse da lagarta e outras pragas. Estas romarias ganharam maior fervor devido a um descuido dos moradores de Gouveia, que no ano em que não vieram em romaria foram atacados por uma enorme praga de lagartas que tudo invadia. Caídos em si, os moradores de Gouveia vieram em romaria se penitenciar pelo erro, e logo se viram livres de tal praga. A sua Festa era feita no dia 15 de Agosto, com a concorrência de muita gente, estava anexa à Igreja Paroquial de Abrunhosa-a-Velha.

Quem quiser ler o texto completo sobre esta imagem e ermida publicado por Fr. Agostinho de Santa Maria, visite este sítio.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Reflexões sobre um Museu Municipal de Mangualde

No final de 2005 apresentei no âmbito do Mestrado em Estudos do Património um trabalho intitulado "Reflexões sobre um Museu Municipal de Mangualde".
Deixo-vos aqui a introdução do referido trabalho e o convite à sua leitura aqui, e posterior comentário.

Desde o final do século XIX, pelo menos, que se fala da criação de um Museu Municipal de Mangualde. Nos últimos tempos tem sido uma proposta constante das diversas listas concorrentes às eleições autárquicas.
O concelho de Mangualde continua a carecer de um museu que represente a cultura local no seu largo espectro de forma a preservar identidades e memórias, e garantir a diversidade cultural. Um museu não deve ser visto como o simples guardião do passado, mas também como um motor do desenvolvimento sustentável das comunidades locais e do turismo cultural e de lazer.
Encontra-se neste momento numa fase embrionária um projecto de desenvolvimento local alicerçado no turismo de lazer e nas artes e ofícios tradicionais. Será útil existir uma articulação entre este projecto e o projecto de criação de um museu municipal, ou a inclusão deste projecto naquele, apesar de a nível institucional as duas áreas serem tuteladas por diferentes pelouros de que são responsáveis diferentes vereadores.
O Museu deverá também assumir hoje em dia uma função de mediação cultural e de prestação de serviços, devendo contemplar diversas valências vocacionadas para o desenvolvimento social, cultural e económico, devendo assim fazer parte de diversas equipas e comissões de trabalho existentes no concelho, como por exemplo o Conselho Local de Acção Social de Mangualde.
O objectivo deste trabalho não é traçar um programa museológico, mas sim expor ideias sobre o que entendemos que deve ser o futuro museu municipal de Mangualde.
Temos como alicerce deste trabalho, não só, o nosso conhecimento da realidade patrimonial do concelho de Mangualde como também a Lei Quadro dos Museus, publicada em Agosto de 2004.
Numa primeira parte queremos dar a conhecer o projecto delineado por Leite de Vasconcellos para um museu municipal e que foi publicado no jornal local A Reacção.
De seguida traçaremos uma breve panorâmica sobre o património cultural do nosso concelho e o seu potencial museológico.
Num terceiro capítulo abordaremos o museu em si mesmo, a forma como se deverá desenvolver o projecto, as etapas a percorrer e as atribuições que deve ter.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Rotundas Vs Placas: Como acolhemos os nossos turistas

Hoje festeja-se na Capela que se ergue sobre o antigo Mosteiro de Santa Maria de Maceira Dão, a Virgem Maria sobre a invocação da Cabeça.
Quem este ano se deslocar a este local reparará que o antigo entroncamento de Vila Garcia, agora é uma rotunda. Nada de extraordinário, para quem já conhece o local, contorna a rotunda e entra na estrada para Vila Garcia em direcção à referida Capela.



Mas a razão deste "post" não é a Capela, muito menos a festividade que hoje se celebra, mas sim o Mosteiro de Santa Maria de Maceira Dão, um dos três Monumentos Nacionais do concelho, ou melhor a sinalização da sua localização.



Quem se dirigia de Mangualde para o Mosteiro apenas encontrava uma sinalização no antigo entroncamento de Vila Garcia e partir daí até lá em baixo ao vale.
Hoje quem fizer esse percurso, já não verá a placa. Pois com a construção da rotunda ela foi colocada com a face virada para o sentido "Fagilde-Mangualde", ou seja só quem vem dos lados da A25 observará a indicação da localização deste monumento nacional.
De notar que o Posto de Turismo, as unidades hoteleiras, os restaurantes do concelho, que poderão sugerir uma visita ao local, situam-se no sentido oposto. Logo, no meu entender, seria mais lógico a colocação da placa com a face voltada para o lado de Mangualde. Ou melhor ainda a colocação de duas placas, uma em cada sentido. O melhor ainda uma eficaz sinalização a partir da sede de concelho, do nó da A25 e da sede de freguesia!


Não se pense que este é caso único, pois o Campo Arqueológico da Raposeira, classificado como sítio de Interesse Público, já teve uma placa no entroncamento do caminho que lhe dá acesso com a Av. Sr.ª do Castelo. Mas a certa altura decidiram colocar ali uma rotunda e lá desapareceu a placa.


Será que as rotundas e as placas são incompatíveis?


Se queremos desenvolver o Turismo do concelho de Mangualde, pensemos primeiro em dar condições de visita aos nossos Turistas. É muito bonito t-shirts e sacos com a imagem do nosso concelho, mas seria mais bonito que os nossos turistas para além de t-shirts e sacos levassem do concelho uma boa impressão e a vontade de cá voltar e de divulgar junto de outros!


Podemos ter óptimas unidades hoteleiras e empenhadas em servir cada vez melhor os turistas e de os atrair, mas se não lhes dermos condições de visita ao concelho, vêm cá dormir e comer e irão visitar os concelhos vizinhos com melhor atractividade e condições de visita.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Caminhos dos Galegos II

Deixo-vos um texto publicado no Boletim Municipal de Penalva do Castelo, quando ele era um boletim com algum conteúdo e periodicidade regular, e não apenas um boletim para sair em final de mandato com todas as obras feitas e por fazer.

Este artigo foi escrito pelo Dr. Paulo Celso Fernandes Monteiro, licenciado em História e mestre em Cultura e Formação Autárquica, que na altura prestava serviço na Câmara Municipal de Penalva do Castelo. Foi publicado n.º 3 do referido boletim correspondente ao 1º trimestre de 2000, a páginas 30 e 31.


PATRIMÓNIO
MARECO E O CAMINHO DOS GALEGOS

A freguesia de Mareco situa-se numa delicada encosta na periferia do concelho de Penalva, fazendo fronteira com o concelho de Tavares, extinto pela reforma administrativa do liberalismo.
Os documentos agora apresentados indicam-nos que a freguesia de Mareco foi propriedade da Ordem de Santiago, sendo os seus moradores reguengueiros encabeçados.1 No entanto nesta altura os privilégios concedidos, outrora aos seus habitantes, já não eram cumpridos. Se a isto adicionarmos os antigos caminhos rurais, em lajedo granítico, desgastado pelos inúmeros viajantes que por aqui passavam e a toponímia do trilho, é bem possível que esta povoação se encontre em plena rota dos peregrinos portugueses em busca de Santiago de Compostela.
Em 1527, Mareco possuía 32 moradores2, mas o Padre António Carvalho, afirmava, no inicio do séc. XVIII, que a referida freguesia tinha 70 vizinhos e possuía 180 pessoas maiores e 22 menores, perfazendo um total de 202 habitantes (Costa, 1706, 220). A memória paroquial elaborada pelo sacerdote António Pereira atribuía à freguesia 70 vizinhos e 180 pessoas.3 Se atendermos aos resultados demográficos das outras terras do concelho, vemos que já na época Mareco era a freguesia com menor número de habitantes. Em Mareco ainda existe uma casa que na ombreira da porta possuí gravada uma estilizada cruz de Santiago indicando que este imóvel era pertença da Ordem.
O caminho dos Galegos é constituído por um excelente lajeado de acentuada antiguidade, provocada pelo desgaste das múltiplas passagens dos veículos, marcando na pedra granítica os seus rodados. Em alguns locais os fossos dos rodados chegam a ter cerca de 20 cm, mostrando o intenso tráfego que outrora teve. A denominação é bastante curiosa e se o topónimo poderá advir do local chamado Moinhos dos Galegos (junto da ribeira de Ludares, na confluência dos concelho de Penalva do Castelo e com os de Mareco), também é possível que seja derivado dos peregrinos que iam para a Galiza, ode se localizava o Santuário de Compostela.4
Logo no seu inicio podemos ver uma pequena alminha esculpida em granito da região, representativa de uma piedosa fé popular, típica dos peregrinos e dos romeiros. Outro monumento tipologicamente semelhante surge-nos ainda dentro do concelho de Penalva do Castelo, junto ao pontão que separa as Terras de Penalva das de Tavares.
Por causa da concentração/escoamento das águas pluviais em certos locais utilizaram-se dois procedimentos aquando da sua construção. Em alguns sítios o caminho foi alteado em relação aos terrenos adjacentes, enquanto n’outros se procedeu à drenagem das águas através da criação de pequenas condutas.
Parte deste itinerário irá ser recuperado através do Programa Centro Rural do Alto Dão, gerido ela A.D.D. – Associação de Desenvolvimento do Dão. Esta intervenção inovadora está a ser efectuada pela primeira vez no nosso país e incidirá prioritariamente na consolidação e recuperação do lajeado, dos muros de suporte, na sinalização e divulgação do percurso.
As suas características fazem dela um exemplo na recuperação e consolidação das antigas redes viárias de Portugal, muito especialmente nos trilhos de Peregrinação.
A C. M. de Penalva do Castelo em colaboração com a Região de Turismo Dão-Lafões pretendem implantar no Caminho dos Galegos um circuito de turismo pedestre.
No caso do município Penalvense pretende-se com a criação deste tipo de circuitos contribuir significativamente para o incremento turístico e fomento da prática desportiva, proporcionando ao turista uma maior aproximação ao meio rural, de uma forma consciente e pedagógica.
_________________________
1­ – T.T. – Dicionário Geográfico, vol. 22, m. 52, f. 341, rolo 350.
2 – T.T. – Cadastro da População do Reino, Núcleo Antigo, n.º 825, doc. 1527, f. 103
3 – T.T. – Dicionário Geográfico, vol. 22, m. 52,f. 341, rolo 35o
4 – Será bom lembrarmos que os naturais da Galiza são denominados de Galegos.

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Caminho dos Galegos: 27 de Maio



Em Penalva do Castelo existe um caminho pedestre denominado "Caminho dos Galegos", na freguesia de Mareco, tendo continuação depois para a freguesia de Travanca de Tavares, já no concelho de Mangualde.
Este caminho foi intervencionado no âmbito do "Centro Rural do Alto Dão", por iniciativa da Junta de Freguesia local, tendo o FEOGA comparticipado em 75%.
Foi publicada na altura um pequeno folheto explicando o percurso, não sei se ainda está disponível.


Mas esta conversa vem no sentido de divulgar a seguinte iniciativa:
A Escola Básica 2,3 e Secundária de Penalva do Castelo está a promover, com o apoio da Câmara Municipal de Penalva do Castelo e da Junta de Freguesia de Mareco, a realização do III PERCURSO PEDESTREHISTÓRICO-CULTURAL “CAMINHO DOS GALEGOS”, no próximo dia 27 de Maio.
Trata-se de uma actividade de pedestrianismo, numa extensão de cerca de 8 km, aberta à participação de todos os interessados, nomeadamente dos que apreciam o prazer proporcionado por uma caminhada e pela observação de belezas naturais, num percurso devidamente arranjado e sinalizado, em terras de Penalva e de Tavares.
Para além da componente turístico-desportiva de ar livre, irão ser representados alguns quadros históricos que irão fazer recuar os participantes ao tempo das peregrinações a Santiago de Santiago. Haverá ainda almoço e animação alusiva.
A concentração dos participantes ocorrerá pelas 9h00, no Largo da Junta de Freguesia de Mareco, em cuja área territorial decorrerá a actividade.
O “Caminho dos Galegos” está sinalizado a partir do centro da Vila de Penalva do Castelo.
Os interessados deverão inscrever-se para o nº 232 640 080 (telefone da Escola) até 18 de Maio. Os maiores de 15 anos pagarão €4,00, estando incluídos uma lembrança e o almoço.

De regresso



Após alguns dias de ausência, cá estamos de regresso.
Como primeiro "post" deixo-vos esta fotografia de um sinal de trânsito curioso!
Quantos lugares terá direito est instituição?

terça-feira, 1 de maio de 2007


ABERTOS PARA OBRAS!






PROMETEMOS SER BREVES!