terça-feira, 28 de novembro de 2006

Antigo vs Moderno: Uma convivência pacífica I


Quem vai da Ribeira para Real encontra à beira da estrada municipal 615 diversas cruzes sobre plintos de cimento.

Marcam no caminho percorrido pelos cortejos fúnebres os locais onde e deve dizer as respectivas orações.

Foram colocadas nos anos 90 do séc. XX pela Irmandade de Real.

O interessante foi ter-se mantido num dos locais a antiga cruz, gravada num monólito, a par da nova cruz.


Um exemplo de como o Antigo pode conviver com o Moderno!

quarta-feira, 22 de novembro de 2006

Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves: Parabéns


Faz hoje nove anos a Bibliotea Municipal Dr. Alexandre Alves, de Mangualde.

Desde pequeno que me habituei a frequentar as bibliotecas municipal de Lisboa, quer para estudar quer para requisitar livros de ficção.

Desde que abriu a Biblioteca de Mangualde que me habituei a ir lá passar algumas tardes das minhas férias, apanhava a carreira das 13h e vinha na das 18h. Ali consultava e requisitava vários livros, não só de hostória e arqueologia como de outras que começaram a fascinar das ciencias sociais.

Desejo que o futuro continue risonho e cheio de projectos concretizados.

Aqui deixo dois links para a Biblioteca:
http://www.bib-mangualde.rcts.pt/
http://www.portalbmm.com/index.php

sábado, 18 de novembro de 2006

Jornalismo na Câmara Municipal de Mangualde

Já há algum tempo que ando para colocar aqui um "post" sobre uma "secção" do site da Internet da Câmara Municipal de Mangualde. Fui protelando, até que ontem ao ver no Diário da República o Anúncio de abertura de concurso para Técnico Superior de Jornalismo, me decidi a comentar tal "secção".

Se repararem, no menu existe um campo que diz Apoio ao Munícipe que se desdobra em várias "secções", uma delas denomina-se "Revista de Imprensa".
A primeira vez que a vi pensei, ora que bela ideia, para quem não tem possibilidade de andar a ver os jornais todos, aqui encontra uma compilação do que se vai dizendo sobre o concelho!
Pois é, mas ao abrir o primeiro ficheiro pdf e depois os seguintes as minhas expectativas saíram goradas. Nas várias compilações de notícias, cujo aspecto gráfico com que são apresentadas pouco atrai, poucas são as notícias sobre o nosso concelho. Compila-se noticias de tudo e mais alguma coisa, tipo um resumo de cada dia.
Mas para este tipo de compilações não devem ser da competência de um município, uma câmara municipal deve empregar os seus técnicos ao serviço dos municípios e dos munícipes.
Quem vem ao site da Câmara de Mangualde para ler as notícias gerais do país e do mundo, poderá perfeitamente ir a outros portais generalistas que compilam noticias.

Achava interessante que se disponibilizasse noticias que se referissem ao concelho, até porque um Técnico Superior de Comunicação Social numa autarquia deve ter essa função, de recolector e de difusor, não só pelo executivo, como pelos vários serviços de notícias relativas às atribuições de cada um, e por isso seria fácil dessa recolha seleccionar as mais importantes, ou até disponibilizar todas, no site da edilidade.

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

Casa de Canelas, Quintela de Azurara


Hoje decidi colocar um texto sobre um elemento patrimonial da vizinha aldeia de Canelas, da freguesia de Quintela de Azurara.

Os vestígios mais antigos que se conhecem na povoação de Canelas é um troço de calçada e uma ponte indicada por alguns autores como sendo romanas (Vaz, 1997, p. 75). É precisamente junto desta via, sobre um afloramento roqueiro que se implantam as “Casas de Canelas”. Estes vestígios não nos permitem afirmar que existiu povoamento romano nesta aldeia, visto que até ao momento não foram encontrados quaisquer vestígios da ocupação humana no local.
No entanto, para o períodos medieval, temos já não só vestígios medievais como documentos que atestam a ocupação deste local.
No que diz respeito aos vestígios arqueológicos, foram identificados junto às “Casas de Canelas” fragmentos cerâmicos que numa primeira análise apontam para uma cronologia medieval. Por outro lado a própria implantação da casa sobre a rocha indicia a sua fundação medieval, visto que é típico desta época a implantação dos “prédios urbanos” sobre a rocha de forma a deixar disponível os “prédios rústicos” para a agricultura.
Relativamente aos documentos, a primeira referência surge-nos nas Inquirições de 1258. Segundo este documento a “vila” de Canelas era uma cavalaria foreira ao Rei, por uso e foro de Zurara, que fora trazida por homens vilãos, tendo sido depois no Reinado de D. Sancho I comprada por Fernando Canelas. Este Fernando Canelas, aqui deverá ter tido a sua casa, pois desta terra tomou o nome, tendo alargado o seu património através da compra de outra propriedades pelas terras de Zurara, Tavares e Penalva. (Nóbrega, 2002).
O conjunto objecto deste estudo deverá ter sido construído nesta época, séc. XII/XIII, tendo sofrido algumas alterações no séc. XV/XVI, como sejam a inclusão de uma janela de estilo manuelino, cujos ornatos aplicados infelizmente já não se conservam. Como já dissemos estas casas encontra-se implantada sobre a rocha, tinha dois pisos interligados por um lanço de escadas exteriores.
A casa onde se encontra a janela manuelina é que se encontra em melhor estado de conservação. De dois pisos, a janela, encontra-se no segundo piso ao qual se tem acesso por uma escadaria lateral. O piso inferior, pela sua configuração e pelo diminuto espaço útil, devido aos afloramentos onde está assente a casa, não deverá ter sido usado para habitação. Talvez o primitivo acesso ao piso superior fosse interior, sendo a porta que se encontra na fachada a entrada principal.
A segunda casa, encontrava-se parcialmente adoçada a esta, formando um “L”. Restam apenas duas paredes, conservando-se numa delas uma janela, com conversadeiras.
A técnica construtiva das duas casas é similar, sendo as paredes constituídas por pedras de tamanho médio sobrepostas.
Que papel terá tido estas casas na História de Canelas?
Serão as casas dos descendentes de Fernando Canelas?
Anabela Cardoso (1994, p. 48) coloca a questão de esta casa ter pertencido a Manuel Cabral de Albuquerque que em 1783 surge como “Senhor de importantes bens em Canelas e Tenente de Milícias no mesmo local. Ao contrário dos seus antecessores estabelece residência naquela aldeia e é na “Casa de Canelas” que vão nascer os seus cinco filhos”.
Apesar das incertezas que envolvem este conjunto é indiscutível a sua importância para a História de Canelas e do concelho de Mangualde. O desenvolvimento urbano da aldeia e o abandono poderão a qualquer momento fazer desaparecer este marco histórico. Daqui a razão de ser da classificação deste conjunto como de interesse municipal requerida pela Associação do Rancho Folclórico "Os Azuraras" à Câmara Municipal de Mangualde em Maio passado e cuja abertura do processo de instrução ainda não foi deliberada.

Referências Bibliográficas
CARDOSO, Anabela dos Santos Ramos (1994) – Casas Solarengas no concelho de Mangualde. Mangualde: Câmara Municipal de Mangualde e Associação Cultural Azurara da Beira. (Terras de Tavares e Azurara. 5)
NÓBREGA, Pedro Pina (2003) - A presença romana nos concelhos de Mangualde e Penalva do Castelo [on-line]. Lisboa: [s.n.] [consultado em 10-05-2006]. Trabalho apresentado à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Disponível em http://pedropinanobrega.no.sapo.pt/tampr.html
NÓBREGA, Pedro Pina (2002) - O Povoamento medieval de Mangualde e Penalva do Castelo: Contributo dos vestígios arqueológicos e das Inquirições de 1258 [on-line]. Lisboa: [s.n.] [consultado em 10-05-2006]. Trabalho apresentado à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Disponível em <http://pedropinanobrega.no.sapo.pt/thmpii.html>
VAZ, J. L. da Inês (1997) - A Civitas de Viseu: Espaço e Sociedade. Coimbra: Comissão de Coordenação da Região Centro.

sexta-feira, 3 de novembro de 2006

Balanço de um ano de mandato

Seguindo a onda de fazer balanços de mandatos, aqui venho fazer não o meu, que esse podem fazer indo aqui, mas o balanço das obras municipais nas freguesias de Real e de Quintela de Azurara.

Comecemos pelos nossos vizinhos. Obras que se vissem só me lembro de uma e mesmo essa anda emperrada. O Saneamento básico e a ETAR, aquela obras que destrui a estrada municipal e tem dado dores de cabeça há mais de dois anos, creio. A estrada lá foi composta depois de muita pressão pela população e da marcação de uma manifestação. Até pessoal e veículos da Câmara Municipal ajudaram o empreiteiro a compor a estrada, esperemos que na factura final lá venha o desconto merecido!!! A ETAR essa coitada, esta enguiçada. Vejamos se a empreitada estará pronta a 15 de Novembro como deliberou a CMM. Veja o que a Câmara deliberou sobre estes prolongamentos de prazos neste mandato a 14 de Dezembro e a 31 de Maio.

Aqui na freguesia de Real, notou-se um pouco mais, principalmente no bolso de alguns. COmpraram-se casas na Ribeira para fazer um largo, num casebre gastou-se 2250€ numa casa de cantaria três vezes maior gastou-se 4000€.
Ajudou-se na questão do abastecimento de água ao fontenário através de uma nova captação de furo.
Colocou-se um contentor de 800l num parque de merendas que quase ninguém utiliza e onde as papeleiras davam conta do recado. Quanto que na aldeia, RIbeira, os dois contentores muitas vezes não conseguem dar conta do recado.
Ah calcetou-se o adro da antiga capela na Ribeira.
E outra ainda, depois de tantos anos foi esgotada pela primeira vez a fossa da Ribeira, no mês anterior à visita de um deputado da nação!!! Mera coincidência!
Pois é parece que este foi o ano da Ribeira, terá sido por ter vindo para cá morar ou ter cá muita familia?
Em Real de facto não me lembro de nenhuma obra que esteja de facto feito ou pelo menos iniciada!

Bom esperem pelo próximo número do Penalva Hoje que deverá sair alguns meses antes das próximas eleições para verem o que a câmara tem feito.

Claro está que este "post" não é exaustivo. é só lembranças... Quem souber de obras refira-as nos seus comentários.

Ah. Se alguém de Real ou Quintela ler este "post" poderá sempre avaliar as obras feitas e dar sugestões.